PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO PASSIVO TRIBUTÁRIO: COMO TRANSFORMAR DÍVIDAS EM OPORTUNIDADES DE RECUPERAÇÃO
Eduarda Saldanha • 21 de novembro de 2024

Descubra como a gestão eficaz do passivo tributário pode garantir a saúde financeira da sua empresa e abrir novas perspectivas de crescimento..


Muitas empresas enfrentam o desafio de administrar passivos tributários que comprometem o fluxo de caixa e a estabilidade financeira. No entanto, com um planejamento estratégico bem elaborado, é possível transformar essa aparente dificuldade em uma oportunidade de reorganização fiscal, redução de custos e, até mesmo, recuperação de créditos.

 

Neste artigo, você entenderá como a gestão eficiente do passivo tributário pode beneficiar sua empresa e as estratégias para renegociar dívidas, evitar penalidades e garantir a continuidade das operações.

 

O que é o Passivo Tributário?

O passivo tributário é composto por todas as obrigações fiscais que uma empresa possui junto aos órgãos de arrecadação, como Receita Federal, Estados e Municípios. Ele pode incluir tributos não pagos, multas, juros e encargos legais acumulados ao longo do tempo.

 

Essas dívidas, quando mal gerenciadas, podem levar a:

 

  • Execuções fiscais;
  • Bloqueio de contas bancárias e penhora de bens;
  • Restrição de acesso a financiamentos e novos contratos.


Por outro lado, uma gestão proativa e estratégica do passivo tributário pode minimizar esses impactos e preservar o patrimônio da empresa.

 

Por que o Planejamento do Passivo Tributário é essencial?

Empresas que adotam um planejamento estratégico para o passivo tributário conseguem:

 

  • Evitar penalidades severas: Agir preventivamente reduz o risco de multas abusivas e execuções fiscais.
  • Identificar pportunidades de redução: Revisões de débitos podem revelar cobranças indevidas que anulem o passivo.
  • Melhorar o fluxo de caixa: Parcelamentos e renegociações bem estruturadas aliviam o impacto financeiro.
  • Recuperar créditos tributários: Em alguns casos, é possível utilizar créditos acumulados para abater dívidas existentes.


Quais estratégias podem ser adotadas?


O primeiro passo é mapear todas as dívidas tributárias da empresa, identificando a origem dos débitos e sua legalidade.


  • Negociação com a Fazenda Pública: Participar de programas de transação tributária ou parcelamento oferecidos pela Receita Federal e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
  • Buscar condições mais favoráveis, como descontos em juros e multas e prazos de parcelamento ampliados.
  • Gestão de Créditos Tributários
  • Identificar e utilizar créditos de ICMS, PIS/COFINS e outros tributos para compensar débitos fiscais.
  • Realizar a recuperação de tributos pagos a maior ou indevidamente.
  • Ação judicial para contestação. 
  • Quando identificadas cobranças abusivas ou ilegais, é possível ingressar com ações judiciais para anular débitos fiscais ou obter redução das penalidades.
  • Solicitar a restituição de valores pagos indevidamente.
  • Planejamento Tributário Preventivo. 
  • Reavaliar o regime tributário da empresa para evitar a geração de novos passivos.
  • Implementar controles internos para garantir o cumprimento das obrigações fiscais.


Quando o passivo tributário pode ser reduzido ou anulado?

Existem diversas situações em que a dívida tributária pode ser reduzida ou eliminada, como: 

  • Prescrição da Dívida: Tributos não cobrados judicialmente dentro do prazo legal podem ser extintos.
  • Cobrança Indevida: Débitos gerados por erros de apuração ou aplicação incorreta da legislação.
  • Multas Abusivas: Penalidades desproporcionais ao valor do débito ou à infração cometida.
  • Participação em Programas de Regularização: Editais de transação tributária frequentemente oferecem descontos expressivos.


Por que contar com um Advogado Tributarista?

A gestão do passivo tributário exige conhecimento técnico e estratégico, o que torna indispensável o suporte de um advogado tributarista experiente. Este profissional pode:

 

  • Analisar a Legalidade do Débito: Identificar falhas ou excessos na constituição da dívida.
  • Negociar com Órgãos Fiscais: Garantir as melhores condições em parcelamentos e transações tributárias.
  • Elaborar Defesas Jurídicas: Contestar cobranças abusivas ou ilegais de forma eficaz.
  • Acompanhar as Mudanças Legislativas: Manter a empresa atualizada sobre novas oportunidades de regularização e benefícios fiscais.


O planejamento estratégico do passivo tributário não é apenas uma necessidade, mas uma oportunidade para empresas que desejam superar desafios financeiros e fortalecer sua posição no mercado. Com uma abordagem proativa e o suporte de especialistas, é possível transformar dívidas em soluções, garantir a regularidade fiscal e preparar sua empresa para um crescimento sustentável.

 

Se sua empresa enfrenta desafios relacionados a passivos tributários, entre em contato com nossa equipe. Estamos prontos para ajudá-lo a construir a melhor estratégia para regularizar sua situação e proteger o futuro do seu negócio.



Consulte um dos nossos especialistas em direito tributário para orientá-lo sobre planejamento estratégico de passivo tributário e assegure um futuro mais próspero para o seu negócio, entre em contato com a nossa equipe especializada pelo formulário abaixo. 


Por Eduarda Saldanha 9 de julho de 2025
Entenda o risco e como se defender Você sabia que as instituições financeiras são obrigadas a informar mensalmente à Receita Federal todos os valores movimentados via cartão de crédito, débito e PIX ? E que esses dados estão sendo cruzados com as declarações fiscais da sua empresa? Se você movimentou valores e não emitiu notas fiscais ou não declarou corretamente , pode estar prestes a receber um Auto de Infração – e com ele, enfrentar multas altíssimas, perda de benefícios fiscais e até a exclusão do Simples Nacional . Neste artigo, vamos explicar o que é um Auto de Infração, como funciona esse cruzamento de dados, os impactos para o empresário e o que fazer para se defender e anular autuações indevidas . O que é um Auto de Infração? O Auto de Infração é o instrumento utilizado pelo Fisco para formalizar a constatação de uma irregularidade tributária e realizar a cobrança do tributo e aplicar multas . Ele é lavrado quando a autoridade fiscal entende que o contribuinte deixou de cumprir alguma obrigação principal (como pagar tributos) ou acessória (como declarar ou emitir documentos fiscais). No caso do cruzamento de dados bancários, a infração mais comum ocorre quando a Receita identifica que o empresário teve movimentação financeira , mas não declarou esse faturamento ou não emitiu notas fiscais correspondentes . Como ocorre o cruzamento de dados? Desde 2017, instituições como bancos, administradoras de cartões e fintechs estão obrigadas a informar mensalmente todas as movimentações financeiras realizadas por pessoas jurídicas . Essas informações alimentam o sistema da Receita Federal e são cruzadas com: Declarações do Simples Nacional (PGDAS-D); Escrituração do Lucro Presumido e Lucro Real (ECD e ECF); Emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e e NFS-e). Quando há divergência entre os valores movimentados e os declarados , o sistema gera automaticamente um alerta, que pode levar à lavratura de um Auto de Infração com cobrança de tributos não pagos e aplicação de multas. Quais os impactos para o empresário? Receber um Auto de Infração com base nesse cruzamento de dados pode representar um verdadeiro desastre financeiro e operacional para o empresário. Veja os principais riscos: Multas elevadas , que podem variar entre 150% a 225% do valor não declarado e juros; Exclusão do Simples Nacional , com aumento da carga tributária imediata; Impossibilidade de emitir certidões negativas (CND) , dificultando participação em licitações ou obtenção de financiamentos; Bloqueio de créditos tributários e de incentivos fiscais ; Desorganização contábil e exposição a novas fiscalizações . Além disso, o Auto de Infração pode repercutir negativamente na reputação comercial com fornecedores, parceiros e instituições bancárias se não for tratado da forma correta. É possível anular o Auto de Infração? Sim. Embora pareça algo irreversível, é possível anular o Auto de Infração em diversas situações. A Receita Federal deve seguir regras rígidas ao lavrar o auto, e qualquer erro, falha ou ausência pode tornar o lançamento nulo. Com auxílio jurídico especializado, é possível apresentar defesas administrativas ou judiciais, até buscar a anulação completa do débito . Saiba que é possível anular esse Auto de Infração, sempre busque uma opinião especializada. Como se prevenir? Para evitar a dor de cabeça de receber um Auto de Infração, é essencial: Emitir nota fiscal para todas as vendas ; Fazer o correto enquadramento tributário e escrituração contábil ; Conciliar periodicamente os valores recebidos por meios eletrônicos com os declarados; Contar com apoio contábil e jurídico para monitorar riscos de cruzamento de dados. Empresas que operam no varejo, prestação de serviços e comércio digital estão ainda mais expostas. PIX e cartões são rastreáveis e facilmente cruzáveis , por isso a informalidade e o “jeitinho” já não são mais alternativas. Conclusão: o Auto de Infração é uma ameaça real — e pode ser enfrentado Se você recebeu um Auto de Infração por movimentação incompatível com a declaração do Simples Nacional ou do Lucro Presumido, não ignore a notificação . Esse tipo de autuação pode resultar em dívidas milionárias , perda de enquadramento tributário e sérias dificuldades para manter sua empresa funcionando. Mas nem tudo está perdido. Com a estratégia correta , é possível anular o auto, reduzir as multas ou negociar a dívida . A atuação rápida é fundamental para preservar a saúde financeira do seu negócio. 📣 Recebeu uma notificação da Receita? Ou teme ser autuado por movimentações bancárias? Consulte um dos nossos especialistas em direito tributário para orientá-lo sobre Auto de Infração, entre em contato com a nossa equipe especializada pelo formulário abaixo.
Por Eduarda Saldanha 9 de julho de 2025
O que isso significa para sua empresa? No dia 27 de junho de 2025, a Receita Federal do Brasil informou oficialmente o cancelamento dos Termos de Exclusão do Simples Nacional emitidos entre os dias 24 e 27 de junho de 2025 . A notícia gerou alívio para muitos empresários, mas também exige atenção redobrada. A exclusão foi suspensa, mas não descartada. Um novo lote de processamento será iniciado nos próximos dias. Neste artigo, você entenderá o que levou ao cancelamento, o que fazer agora e como se preparar para uma eventual exclusão definitiva . Além disso, vamos explicar os impactos dessa medida e como a sua empresa pode se reorganizar para manter a competitividade e minimizar prejuízos fiscais . Por que os Termos de Exclusão foram cancelados? A Receita Federal identificou um erro no processamento dos "Relatórios de Pendências" , documentos que embasam os Termos de Exclusão do Simples Nacional. Por isso, todos os termos emitidos entre 24 e 27 de junho foram invalidados. Cada contribuinte afetado receberá uma mensagem na Caixa Postal do Domicílio Tributário Eletrônico (DTE-SN) com o comunicado oficial do cancelamento. Se você ainda não recebeu ou está com dúvidas, é possível consultar o Manual do DTE no Portal do Simples Nacional. O que fazer agora? Apesar do cancelamento, a Receita já anunciou que iniciará um novo processamento em breve . O objetivo será excluir novamente as empresas que tiverem débitos em cobrança ativa ou inscritos em Dívida Ativa da União ou infrações a legislação. 🔔 Atenção : Se sua empresa possui qualquer pendência fiscal, o momento para regularização é agora. A nova exclusão pode acontecer a qualquer momento, e agir com antecedência pode evitar prejuízos significativos. Entenda os impactos da exclusão do Simples Nacional Ser excluído do Simples Nacional representa um aumento real na carga tributária , além da complexidade na apuração de tributos e no cumprimento de obrigações acessórias. Veja os principais impactos: Aumento dos custos fiscais com PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, ICMS, ISS e outros tributos que passam a ser recolhidos separadamente, pelo lucro presumido ou real. Maior burocracia com obrigações acessórias mais detalhadas e frequentes. Redução de competitividade , especialmente para micro e pequenas empresas. É possível reverter a exclusão? Sim. A empresa pode questionar o Termo de Exclusão se identificar: Erros na apuração da dívida ; Atividades mal enquadradas como vedadas ao regime ; Falta de notificação formal ou vício no procedimento administrativo . A contestação pode ser feita administrativamente ou até judicialmente, dependendo do caso. E se a exclusão for confirmada? Se, mesmo após a contestação, a exclusão se mantiver, o próximo passo deve ser um planejamento tributário eficaz . A empresa deverá escolher entre o Lucro Presumido ou o Lucro Real , e é fundamental entender qual regime é mais vantajoso. Lucro Presumido : Mais simples, ideal para margens de lucro altas e custos controlados. Lucro Real : Mais complexo, mas vantajoso para empresas com alto custo operacional. Além disso, a reorganização societária, revisão de CNAEs e análise de créditos tributários são estratégias que podem reduzir impactos e preservar a saúde financeira da empresa . Como evitar a exclusão e garantir o retorno ao Simples? Para manter-se ou retornar ao Simples Nacional, é necessário: Quitar ou negociar os débitos fiscais com a Receita Federal ou a Procuradoria da Fazenda Nacional. Revisar o cadastro da empresa para garantir compatibilidade com o regime. Acompanhar os prazos para solicitação de reenquadramento, geralmente até 31 de janeiro do exercício seguinte. A regularização antecipada pode evitar a exclusão ou permitir o reenquadramento já no ano seguinte. Conclusão O cancelamento dos Termos de Exclusão do Simples Nacional trouxe um alívio temporário. No entanto, o risco ainda existe , e a melhor forma de proteger sua empresa é agir com planejamento e informação. Se sua empresa foi impactada ou está em risco, busque ajuda especializada para regularizar sua situação fiscal, analisar os impactos e garantir que sua operação continue competitiva, com segurança jurídica e previsibilidade financeira. Consulte um dos nossos especialistas em direito tributário para orientá-lo sobre o Termo de Exclusão de Simples Nacional, entre em contato com a nossa equipe especializada pelo formulário abaixo.