AUTO DE INFRAÇÃO DA RECEITA FEDERAL: ENTENDA OS MOTIVOS E COMO SE DEFENDER
Eduarda Saldanha • 29 de novembro de 2024

Descubra os motivos mais comuns de autuações e as estratégias para anular ou reduzir o débito fiscal.


Receber um auto de infração da Receita Federal do Brasil é uma situação que pode gerar muita preocupação para contribuintes, sejam pessoas físicas ou jurídicas. Esse documento representa a constatação de uma irregularidade fiscal e a exigência de pagamento de tributos, além de multas e juros, que podem alcançar valores significativos. O auto de infração pode ser aplicado em uma ampla variedade de situações, como erros na declaração de imposto de renda, descumprimento de obrigações acessórias ou divergências na apuração de tributos como IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI e Simples Nacional.


Neste artigo, vamos esclarecer o que é um auto de infração, as principais causas que levam à sua emissão e como você pode se defender dessa cobrança.


O que é um Auto de Infração da Receita Federal?

O auto de infração é um documento oficial emitido pela Receita Federal quando identifica irregularidades no cumprimento das obrigações tributárias ou apurações de tributos. Ele formaliza a exigência de tributos supostamente devidos, acrescidos de multa e juros, com base em uma apuração fiscal. Além disso, o auto de infração pode incluir penalidades relacionadas à responsabilidade tributária ou ao descumprimento de obrigações acessórias.


O auto de infração pode ser emitido após uma fiscalização, cruzamento de dados ou inconsistências detectadas nos sistemas da Receita, como no caso de malha fiscal para pessoas físicas.


Principais motivos para a lavratura de Autos de Infração

1. Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF)

  • Omissão de rendimentos, como aluguéis, investimentos ou salários
  • Inclusão indevida de dependentes ou despesas não comprovadas.
  • Divergências nos dados informados por fontes pagadoras.


2. Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e CSLL

  • Erros na apuração do lucro tributável.
  • Divergências nas receitas declaradas e nos valores efetivamente apurados.
  • Utilização indevida de incentivos fiscais ou compensações.


3. PIS e COFINS

  • Créditos utilizados indevidamente em regimes de apuração não cumulativa.
  • Divergências entre o faturamento declarado e o registrado na contabilidade.
  • Falhas no recolhimento em operações sujeitas à substituição tributária.


4. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)

  • Omissão de operações sujeitas ao imposto.
  • Declaração incorreta de classificações fiscais de produtos.
  • Não recolhimento do imposto em casos de saídas internas ou interestaduais.


5. Simples Nacional

  • Extrapolação do limite de faturamento permitido pelo regime.
  • Inclusão de atividades incompatíveis com o Simples Nacional.
  • Falhas na segregação de receitas ou erros na alíquota aplicada.


6. Responsabilidade Tributária

  • Redirecionamento de cobranças para sócios ou administradores, em casos de dissolução irregular ou falta de pagamento.
  • Autos de infração relacionados à omissão de obrigações acessórias, como a não entrega de declarações obrigatórias.


O que fazer ao receber um Auto de Infração da Receita Federal?

Receber um auto de infração não significa que você está automaticamente condenado a pagar os valores cobrados. Existem estratégias para contestar a exigência e, em muitos casos, reduzir ou anular o débito. Veja os passos a seguir:


1. Analise o Documento com Atenção

  • Verifique os detalhes da infração apontada: quais tributos estão sendo cobrados, os períodos de apuração e os fundamentos legais.
  • Identifique eventuais erros formais ou materiais no auto de infração, como falhas nos cálculos ou na descrição da infração.


2. Reúna Documentação Comprobatória

  • Organize documentos fiscais, contábeis e financeiros que possam comprovar a regularidade das operações ou corrigir os erros apontados.


3. Consulte um Advogado Tributarista

  • Um advogado especializado pode avaliar a validade da cobrança e indicar as melhores estratégias de defesa, tanto na esfera administrativa quanto na judicial.


4. Apresente Impugnação Administrativa

  • A Receita Federal oferece a possibilidade de contestar o auto de infração por meio de uma impugnação administrativa. Nesse processo, você pode argumentar sobre erros na cobrança, prescrição da dívida ou aplicação incorreta da legislação.


Defesas Possíveis Contra Autos de Infração

  • O tributo pode estar prescrito se a Receita não realizou a cobrança dentro do prazo legal.
  • Autos de infração baseados em cálculos incorretos ou fundamentação jurídica equivocada.
  • Multas excessivas podem ser questionadas judicialmente com base nos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
  • A apresentação de documentos que comprovem a regularidade das operações pode ser suficiente para anular a cobrança.


Por que contar com um Advogado Tributarista?

Lidar com um auto de infração da Receita Federal exige conhecimento técnico e experiência em contencioso tributário. Um advogado tributarista pode identificar falhas na cobrança, construir uma defesa robusta e proteger o patrimônio do contribuinte. Além disso, ele pode:

  • Representar o cliente em todas as etapas do processo administrativo ou judicial.
  • Negociar reduções de multa e juros, quando possível.
  • Garantir que seus direitos sejam respeitados diante da autoridade fiscal.


Autos de infração da Receita Federal podem representar um grande desafio, mas com a estratégia certa, é possível contestar cobranças indevidas, anular penalidades ou reduzir valores devidos. Se você recebeu um auto de infração, busque orientação especializada para garantir uma defesa eficaz e proteger seu patrimônio.


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Por Eduarda Saldanha 17 de dezembro de 2025
A tributação de imposto de renda pode ser afastada juridicamente? A retomada da tri butação de lucros e dividendos, a partir de 2026, reacendeu debates relevantes no direito tributário. A Lei nº 15.270/2025 instituiu a retenção de 10% de imposto de renda sobre lucros distribuídos acima de R$ 50 mil por mês, e rapidamente surgiram leituras que estendem essa regra a todos os regimes, inclusive ao Simples Nacional. O ponto de atenção é que essa interpretaçã o já aparece de forma expressa na posição administrativa da Receita Federal. O que diz a Receita Federal hoje Nos materiais oficiais de Perguntas e Respostas divulgados pela Receita Federal, a orientação apresentada é no sentido de que a nova tributação de lucros e dividendos alcançaria também as empresas optantes pelo Simples Nacional, sempre que ultrapassado o limite mensal estabelecido na lei. Ainda que esse entendimento administrativo não encerre a discussão jurídica — especialmente diante da Constituição e da Lei Complementar nº 123/2006 —, ele não pode ser ignorado pelo empresário , pois é justamente a partir dessas orientações que se formam autos de infração, exigências fiscais, multas e juros. Simples Nacional não é apenas arrecadação simplificada O Simples Nacional integra um regime jurídico especial constitucionalmente protegido, criado para assegurar previsibilidade, incentivar a formalização e preservar a atividade econômica das micro e pequenas empresas. A própria legislação do Simples prevê isenção do imposto de renda sobre os lucros distribuídos aos sócios, desde que observados os requisitos legais, especialmente a escrituração contábil regular. Essa regra foi desenhada para evitar dupla tributação e proteger a renda do pequeno empresário. É justamente aí que surge o conflito: uma lei ordinária e uma interpretação administrativa ampliativa colidindo com um regime disciplinado por lei complementar . Onde está o risco prático para o empresário Independentemente da robustez dos argumentos jurídicos que sustentam a não incidência da nova tributação sobre o Simples Nacional, o fato é que a posição atual da Receita Federal sinaliza risco concreto de autuação . A adoção automática da retenção pode reduzir artificialmente os lucros distribuídos. Por outro lado, a simples decisão de não reter, sem qualquer medida de proteção, pode expor a empresa a autos de infração, multas qualificadas e encargos que se acumulam ao longo do tempo. A importância de uma saída com segurança jurídica Nesse cenário, a alternativa mais prudente não é a inércia nem a aceitação acrítica da Receita Federal, mas a busca por segurança jurídica preventiva . A propositura de medida judicial preventiva — antes da ocorrência de autuações — permite ao empresário discutir o tema à luz da Constituição, da Lei Complementar nº 123/2006 e da hierarquia das normas, afastando o risco de penalidades enquanto a controvérsia é analisada pelo Poder Judiciário. Trata-se de estratégia legítima, amplamente utilizada em cenários de insegurança normativa, justamente para evitar que o custo da discussão recaia sobre multas e juros futuros. Conclusão A tributação de dividendos voltou ao centro do debate, mas o Simples Nacional continua ocupando um espaço jurídico próprio. Diante de uma interpretação administrativa que sinaliza tributação e de um cenário normativo ainda indefinido, o empresário deve agir com cautela, planejamento e respaldo técnico. Mais do que escolher entre “reter ou não reter”, o momento exige decisões juridicamente estruturadas, capazes de preservar os resultados do negócio e evitar que a insegurança interpretativa se converta em passivo fiscal. Consulte um dos nossos especialistas em direito tributário para orientá-lo sobre como não pagar IRPF sobre os dividendos do Simples Nacional, entre em contato com a nossa equipe especializada pelo formulário abaixo.
Por Eduarda Saldanha 11 de novembro de 2025
Como empresas podem evitar o pagamento de entradas altas e regularizar débitos tributários com estratégias jurídicas eficazes. Muitas empresas estão enfrentando uma situação delicada: têm débitos inscritos na Receita Federal e desejam parcelar para voltar ao Simples Nacional ou obter uma CND (Certidão Negativa de Débitos), mas o valor exigido de entrada — geralmente 20% do total da dívida — torna o parcelamento inviável. Imagine uma empresa que deve R$ 800 mil: para aderir ao parcelamento, precisaria desembolsar R$ 160 mil de imediato. Para a maioria, isso é inviável. O resultado? Fica impedida de emitir certidões, perde contratos e continua acumulando juros e encargos. O que é a gestão do passivo tributário? A gestão do passivo tributário é uma estratégia jurídica e contábil utilizada para reorganizar, reduzir e negociar dívidas tributárias. Ela vai além do simples parcelamento: envolve análise das inscrições em dívida ativa, revisão de multas, prescrição, decadência e aplicação de mecanismos legais de negociação e transação tributária previstos pela própria Receita Federal e PGFN.  Como funciona na prática? Análise completa do passivo tributário: o advogado tributarista identifica todas as inscrições em dívida ativa, parcelamentos anteriores e eventuais duplicidades. Verificação de prescrição e nulidades: muitas vezes, parte das dívidas já está prescrita ou contém erros formais na CDA (Certidão de Dívida Ativa). Negociação jurídica com base nas transações tributárias: aplicam-se instrumentos legais de redução de juros, multas e encargos de até 7 0%, com prazos de parcelamento de até 145 meses (dependendo do t ipo de débito). Planejamento de caixa e execução das estratégias: a empresa paga uma entrada simbólica (ex.: R$ 15 mil), enquanto o advogado conduz todo o trâmite técnico para garantir o enquadramento legal e a regularização fiscal. O objetivo não é apenas “pagar menos”, mas voltar a ter CND , retornar ao Simples Nacional e proteger o patrimônio da empresa e dos sócios . O advogado pode reduzir a entrada e liberar fluxo de caixa para a empresa Um dos maiores diferenciais de contar com um advogado tributarista experiente é justamente a capacidade de reduzir a entrada exigida no parcelamento. Enquanto o sistema tradicional impõe uma entrada de 20%, o advogado utiliza instrumentos legais e negociações diretas com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para diminuir esse valor inicial — possibilitando que a empresa inicie sua regularização com um desembolso muito menor. Essa redução de entrada traz alívio imediato no fluxo de caixa, permitindo que a empresa mantenha suas operações, preserve empregos e volte a investir no crescimento. Com o passivo sob gestão, a empresa ganha tempo e estabilidade para planejar o futuro, sem o sufoco financeiro que a cobrança direta impõe. Benefícios da gestão do passivo tributário Redução real da dívida com base em critérios legais. Diminuição da entrada exigida e preservação do fluxo de caixa . Suspensão de cobranças e bloqueios enquanto as estratégias jurídicas são aplicadas. Recuperação da CND , possibilitando participar de licitações e manter contratos ativos. Alívio financeiro e retomada do crescimento empresarial. Com gestão profissional, o passivo tributário deixa de ser uma ameaça e passa a ser uma oportunidade de reorganização fiscal e estratégica . Exemplo prático: Uma empresa com dívida de R$ 800.000,00 que precisaria pagar R$ 160.000,00 de entrada conseguiu iniciar sua regularização com R$ 15.000,00 após análise e negociação jurídica. Por meio da gestão do passivo tributário, foi possível aplicar reduções de multa e juros previstas na legislação e estruturar um plano viável de pagamento, preservando o capital de giro e recupe rando a Certidão Negativa de Débitos. Como um advogado tributarista pode ajudar? O advogado tributarista atua de forma estratégica e técnica , revisando cada débito, aplicando a legislação vigente e conduzindo as negociações diretamente com a PGFN e Receita Federal. Ma is do que um defensor, ele se torna um gestor jurídico-financeiro da empresa, identificando oportunidades legais para redução do passivo, aliviando o caixa e restabelecendo a regularidade fiscal. Se sua empresa está impedida de parcelar os débitos por não conseguir pagar a entrada exigida, não é o fim. Com a gestão do passivo tributário, é possível iniciar a regularização com um valor reduzido, reorganizar as dívidas e voltar a operar com tranquilidade, fluxo de caixa e segurança fiscal. Quer saber como aplicar essa estratégia à sua empresa? Consulte um dos nossos especialistas em direito tributário para orientá-lo sobre como reduzir a entrada do parcelamento e conquistar sua regularidade fiscal de forma estratégica, entre em contato com a nossa equipe especializada pelo formulário abaixo.